Não sejamos muito exigentes:
nem sempre a sorte é acessível
a todo mundo, a toda a gente.
Ela é só dos menos sensíveis,
ou dos ricos, naturalmente...
Não desejemos o impossível.
Devemos estar contentes
de ser quem somos:
simplesmente namorados intermitentes
loucamente se namorando
de vez em quando.
É já uma grande cousa a gente
ser dois, à parte, entre os mortais,
dois que se bastam mutuamente
e não se aborrecem demais.
E somos mais exigentes,
se às vezes a alma ainda se sente
solteira e triste, isso é explicável:
temos um gênio insuportável...
ou somos muito inteligentes.
Paul Géraldy(1885/1983)

Minha foto preferida(como eu queria saber a autoria...)